sexta-feira, 10 de maio de 2013

Deixa ela sair.

Resolvi deixar Alice sair. Resolvi deixar Alice falar. Muitos já conhecem. Muitos já ouviram falar dela. Mas hoje, eu deixei ela falar, livremente. 


Alice descobriu seu ponto de loucura. Ela quer ir embora... mas ela faz parte de mim. Ou eu faço parte dela? 
Não quero deixá-la sair, porque ela pode me matar... não literalmente, mas pode. Ela pode colocar na minha cabeça que eu estou querendo ter alguma coisa, algum problema, e eu não quero.
Eu insisto em permanecer bem, mas ela quer me puxar, ela quer briga, ela quer adrenalina, ela quer sentir, qualquer coisa. Pode ser tristeza, pode ser dor, ela quer sentir alguma coisa.


Ela existe. Essa mulher de muitos nomes. 
Vive mudando os nomes com o tempo. Já foi Júlia, mas dessa eu não me lembro bem. Já foi Emilly. Hoje, é Alice. Emilly era fechada, quieta, sozinha. Lembro pouco dela, muito pouco, mas sei que ela de fato, existiu. Alice está descobrindo o seu lado louco, o exagero, que todos nós temos, e está tentando lidar com ele. Ela tenta não demonstrar totalmente aquilo que sente, apesar de ser o que é. Mas sente que precisa, sempre, demonstrar alguma coisa. Ela está aqui quase que o tempo todo, a maior parte do tempo. Ela não quer ir embora e eu não quero deixá-la. Não quero que ela vá. Ela quer mudar, mas não quer mudar de nome. Não quer voltar a ser Emily, não quer ser meio. Por que o nome define quem ela é. Ela não quer ser -----, ela quer ser inteira. Completa. Ela quer se livrar do vazio.

E Alice sempre existiu, sempre. Desde que eu era pequena, me lembro bem dela. Ela sempre existiu.

10-05-2012 12:13



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