quinta-feira, 8 de novembro de 2012

More Than Words.


Postado originalmente em Buried Castle.

Prometi que não mandaria mais coisas, porque não importa. Porque... bom, eu prometi pra mim e aqui estou eu quebrando a promessa mais uma vez, na esperança de conseguir um pouquinho só de atenção boba. Mas quando a gente transborda, precisa ir pra algum lugar, certo? 
Muitos diriam "que idiota". Idiota? Sim, assumo. Mas com eu adoro dizer, eu sinto muito, só não demonstro. Você a maneira que eu sinto... É aquilo que você sabe bem, ou eu não demonstro nada ou eu demonstro... ou eu tento disfarçar, mas transborda, uma hora, sempre transborda.
Mais uma vez eu vou pedir desculpas. "Não vou escrever textos enormes". "Não vou mais escrever". "Falar é melhor". Eu sempre quebro essas promessas.
Acho que você não sabe o que eu sinto, não é?
Quando brigamos eu aparento frieza... é, eu sei. Isso realmente faz duvidar mesmo se alguém gosta mesmo da gente. E se eu falar que eu sou uma pessoa sensível, você vai acreditar? Outras pessoas vão? Sei que não, porque pra muitos, ser sensível significa ser manteiga derretida. Eu sou. Sozinha. O máximo que você são as explosões. E a intensidade delas. É, realmente é difícil perceber se alguém gosta de você assim.
Eu não quero apenas palavras... elas dizem muito, mas um olhar também diz. Você não me vê te observando dormindo. Ok, ok, isso é assustador, né? Não é, Eu acho fofo. Tenho pena de te acordar, às vezes. Sabia que hoje eu me atrasei porque queria ficar mais dez minutos do seu lado, te olhando dormir? 
Peguei no sono de novo, e dez minutos depois, certinho, eu acordei de novo e vi o sol batendo no seu rosto, ainda na mesma posição. Uma pena que já estava na hora, senão eu teria ficado ali. 
Peço pra você se cuidar... não é apenas estético. Me preocupo com você, e não é exagero, eu não sei onde eu pisaria se alguma acontecesse. Qual chão. Por nós, sabe? Olha só. Por isso eu não escrevo, não demonstro. Estou sendo extremista, melosa demais. Transbordando, é. 
Não espero uma reação estrondosa, melosa de você. Eu sei como é. Como é ser invalidado, seus sentimentos... sei como... dói. E aí a gente aprender a esconder, a não demonstrar, a prender coisas. Eu entendo você. E saber que sua experiência nesse sentido parece com a minha - não crescemos sentindo amor em casa, não pra nossas mentes infantis, aquilo que recebemos não era suficiente - também dói em mim. Mas eu só queria um pouco de confiança. Quando se sentir triste. Senta comigo, me chama, não precisa nem falar nada, chore se quiser. Certas coisas, a privação das coisas nos transformaram no que somos hoje mas podemos mudar.
Voltando ao assunto. Desculpe. Eu não consigo... prefiro não demonstrar nada por isso. Já estou... exagerando de novo. 
Ok, mas agora eu comecei e eu vou terminar. A verdade é, sabe porque eu sempre termino e volto? Impulsividade. Você deve ter percebido. 
Lembra de dezembro, quando eu menti? Me arrependo até hoje daquilo. Não estou lembrando com mágoas, não de você...  e vou te contar a verdade, eu ainda acho que não me puni o suficiente. Mas isso não é algo que seja necessário falar agora. 
Quando eu mando alguma coisa pra você, é aquilo. Eu termino e volto porque... eu não sei.
E outra coisa... sabe porque eu termino? Porque eu acho egoísmo continuar com você sendo tão ciumenta, possessiva, antiquada, extremista, 8 ou 80 - não nego. E principalmente porque você não merece as minhas explosões. Porque eu realmente acho que alguém mais centrada seria o ideal para você, alguém que demonstrasse amor, que não tentasse te mudar. É por isso que eu digo pra você não fazer isso com você. Mas eu sou egocêntrica e egoísta. Eu volto porque EU preciso, porque EU não ia conseguir... sozinha. Sem você. Tudo de novo... não é preguiça de tentar, nem jogar esforço fora pra conseguir de novo. Não. É porque eu sei o seu valor, sim. Não demonstro não, mas eu sei, e sei a importância que tem pra mim, cada esforcinho que eu faço.
Desculpa também as muitas vezes que eu acabo, hm... manipulando uma situação ou você... se eu quero estar no controle... ou se eu ataco aparentemente sem motivo nenhum. Eu me sinto vulnerável. 
Desculpe por não saber o que eu quero. Eu não sei. Mas eu prefiro mil vezes ficar sozinha do que ver você sofrendo por minha causa. Ou por causa de qualquer coisa. Mas principalmente por minha culpa, pela cegueira emocional que eu fico quando estou com raiva, por quando eu sinto vontade de te bater e te machucar, por isso eu não sei o que eu quero. 
E desculpe por achar o tempo todo que você vai me deixar sozinha. Eu sei que você vai cansar. Eu não mando em você, sei disso. Muito bem. Mas as pessoas cansam. Por ter medo. Medo da minha sombra. Da sua sombra. De qualquer pessoa. Que possa levar de mim, que seja melhor que eu... Essas desconfianças sempre vão existir porque eu reconheço que há muitas melhores que eu, por mais que você jure que não se interessa, que não quer. Por mais que eu tente aceitar isso...
Eu sei que tento controlar os meus sentimentos e reações e muitas vezes os seus. Na maioria das vezes pode ser por bem... pelo seu bem. Porque eu te quero bem. Mas eu sei que muitas vezes eu forço as situações, manipulo mesmo. 
Mas principalmente. Desculpa por não conseguir dizer "eu te amo". Não dizer muitas vezes... não dizer quando você precisa... só responder com um "eu também".
Mas sim, eu amo. Do meu jeito maluco, mais do que palavras, de um jeito estranho... explosivo. Mas amo sim. Eu demonstro desse jeito. Mais do que palavras, intensa.
Me sinto vulnerável e ainda mais quebrável quando me abro assim... 
Eu queria que você soubesse quem eu sou, e queria que você me deixasse conhecer a parte de você que eu não conheço. Porque eu sei que essa parte existe, assim como há fatos sobre mim que você não sabe, tem muita coisa que você não me deixa alcançar. Eu posso dizer que eu só estou aqui porque eu não quero que VOCÊ sofra. 
E queria conhecer mais a mim mesma, e se hoje eu conheço alguma coisa de mim, eu sei que é graças à você. Se eu sei que eu tenho alguma importância, foi você. 
Eu prometi que não diria mais nada, que não mandaria. Nem via papel, nem e-mail, nem publicação, nem nada. No máximo mensagem. Mas eu estou quebrando a promessa de novo mesmo sabendo que isso não tem importância, que talvez você  não veja ou nem sinta ou absorva da maneira que eu gostaria. Mas não posso cobrar isso. Eu não posso cobrar nada. 
E provavelmente eu vou prometer de novo, e quebrar as minhas promessas de novo.
E aqui está, um dos raros momento em que eu transbordo sem vergonha, em que eu me mostro, do mais próximo de mim. Tirando toda a proteção, toda a pele construída cuidadosamente, cada tijolo da minha barreira, desconstruída, desprotegida. Eu se fosse você, aproveitava.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Você já sentiu como se algo estivesse por dentro do seu peito, corroendo, te empurrando por dentro, querendo sair?
Querendo explodir, sair de você?
É vazio, mas simplesmente faz pressão, por dentro, querendo sair a qualquer custo, e você só pode segurar. E segurar, apenas segurar.
Acho que sou eu, querendo sair de mim.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

8-80.


Do outro blog.

Preciso parar de achar que as pessoas são como eu, sentem como eu. Elas não sentem.
Cansei desse 8-80. Me persegue, me desgasta cada dia que passa. E tudo isso, sentimentos, são só isso mesmo - sensações - mas que conseguem destruir. Pior é perceber que você tem medo de mudar porque não quer fracassar. Talvez os nomes realmente não importem, mas como lidar com isso, assim, pura, sentindo, qualquer toque é doloroso?
Tentar me inspirar e me sentir mais pra baixo ainda. Onde eu vou parar? Quando eu vou parar? Maturidade. Emocional.
Não são esses textos que vão me fazer ficar melhor, não são essas frases, esses pensamentos. E fotos. Muito menos, as fotos.
Durante o dia as oscilações batem na porta com cada frequência, se tornam cansativas. E eu cansei. A noite chega com a solidão real e aí parece que tudo fica mais forte, dá para sentir mais. Eu não sou falsa com os outros, mas consigo ser comigo mesma.

Eu te amo, mas você não está aqui. Diz que me ama, mas não está aqui. Acho que você está evitando e no fundo apenas cansou de mim. São muitos sentimentos pra você. Você não merece isso, alguém vazia, merece alguém inteira.

Não me lembro das partes boas terem sido reais.
"Minta para mim, me convença que eu sempre estive doente. E que tudo isso fará sentido quando eu melhorar."

Eu não sou mais eu. Dói.

sábado, 6 de outubro de 2012

Resolvi e voltei.

Nossa, eu não me lembrava o quanto este blog estava desatualizado. Ando tão sem tempo... mas o tempo que eu realmente não queria ter - de pensar - ah esse eu tenho sobrando.
Vou tentar voltar a escrever para mim. Colocar para fora. Talvez ajuda um pouco na vida, a aguentar o tranco, afasta alguns pensamentos ruins, que tem aparecido com bastante frequência...
Já escrevi um pouco por hoje, postei no meu fotolog e no outro blog.
Não acho que eu escreva bem, nem perto disso... mas eu não vou me preocupar com isso agora.
Espero não continuar na solidão por aqui também.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Morangos Mofados.

Morangos mofados. Caio Fernando de Abreu.

"Discretamente, enviei sinais de socorro aos amigos. Ninguém ajudou. Me virei sozinho. Isso me endureceu um pouco mais. Não foi só você, não. Foram tambem pessoas até mais intimas.(...) me virei sozinho com enormes dificuldades. Não me lamuriei. Mas preciso que as pessoas saibam que isso doeu. - exatamente porque algumas destas pessoas (...) importam pra mim."




quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Até na forma de sofrer eu sou fiel à você.


E por metade do dia, ela foi feliz. 


Não precisar esconder o motivo de meus sumiços, dos meus estresses, do porque eu não quero falar, do porque eu falo demais, do porque eu gosto, porque eu odeio, porque eu mudo de opinião todo tempo, porque eu quero desistir às vezes. Que entende porque eu odeio o 'mais ou menos', porque eu odeio me sentir sozinha, porque você cresceu comigo, e eu cresci com você. Saudade das vezes que viajávamos, e eu não te entendia, e você não me entendia, mas compartilhávamos praticamente os mesmos medos e emoções. E talvez, as mesmas loucuras. Tão diferentes, mas tão iguais.  Porque mesmo que esteja longe. Porque não é preciso dizer TUDO pra se conhecer. Desse jeito, do seu jeito, do meu jeito. Conseguimos nos entender... vai entender essa amizade.
Na simplicidade, na sinceridade e na loucura.


Ah, se eu gostasse, se eu gostasse...
















Dedicado a uma grande amizade, que eu assim considero. Muito. Quem mais tem me ajudado nesses dias, nesses meses. E se Deus quiser, me ajudará por muito mais tempo, e eu também a ajudarei conforme possível. Só não mostrarei esse texto, porque seria estranho da minha parte, porque até eu estranhei. Porque seu namorado ia achar que eu estou dando em cima de você, mas eu não estou... É apenas fruto de uma grande admiração. E menina, eu te admiro. Quando eu coloquei 'filha', não foi por acaso. É como se eu me sentisse obrigada a fazer você se sentir bem, e eu quero vê-la crescer (posso falar isso em posição de mais velha.) e crescer, não somente em questão de idade, mas em todas as questões que avida possa lhe oferecer. Vai lá. Me dê orgulho. Seja forte. Não se esqueça. Porque você sendo forte eu tento permanecer forte.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Sussurro.


"Pegue-me enquanto eu caio
Diga que você está aqui e que tudo está acabado
Falando com a atmosfera
Ninguém está aqui e eu caio dentro de mim mesma


Essa verdade me leva à loucura
Eu sei que eu posso parar a dor
Se eu desejar que tudo vá embora
Se eu desejar que tudo vá embora


Não volte atrás
(Não se entregue a dor)
Não tente se esconder
(Embora eles estejam gritando o seu nome)
Não feche os olhos
(Deus sabe o que está por trás deles)
Não apague a luz
(Nunca durma, nunca morra)


Estou aterrorizada pelo que eu vejo
Mas, de algum modo, sei que há muito mais por vir
Imobilizada pelo meu medo
E, em breve, serei cega por lágrimas


Eu posso parar a dor
Se eu desejar que tudo vá embora
Se eu desejar que tudo vá embora


Não volte atrás
(Não se entregue a dor)
Não tente se esconder
(Embora eles estejam gritando o seu nome)
Não feche os olhos
(Deus sabe o que está por trás deles)
Não apague a luz
(Nunca durma, nunca morra)


Anjos caídos nos meus pés
Sussurraram vozes na minha orelha
Morte diante dos meus olhos
Deitada ao meu lado, eu temo
Ela acena para mim, devo me entregar?
Sobre o meu fim, devo começar?
Esquecendo por tudo que eu caí
Eu subo para conhecer o meu fim


Não volte atrás
(Não se entregue a dor)
Não tente se esconder
(Embora eles estejam gritando o seu nome)
Não feche os olhos
(Deus sabe o que está por trás deles)
Não apague a luz
(Nunca durma, nunca morra)


Salve-nos do perigo
Salve-nos do mal."


(Evanescence)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Muito perto pra iniciar uma guerra.

Você não me ama. Você só está acostumado a mim. Ou você tem medo de não achar ninguém que ame como eu, que aguente o que eu aguento. Você acha que é pouco, é claro. Você acha que aguenta mais, essas inconstâncias. O fato é, você não sabe. Eu estou segurando as pontas. Veja, você nem sente minha falta.
Comparações são péssimas, eu sei. Mas às vezes e nesse caso, são inevitáveis. Vejo os namorados de amigas, da minha irmã: não é inveja, eu admiro, admiro muito. Acho bonito.
Veja: eles têm seus problemas, mas as escutam, se importam com o que falam, com as opiniões delas, se cuidam, por eles mesmos, e pra elas. Fazem o possível só pra estar ali, perto delas, Sem reclamar o tempo todo. De vez em quando ouve-se uma reclamaçãozinha, uma briga, mas mesmo que eles reclamem, tentam entender quando elas estão quietas, quando querem ficar sozinhas. Brigam. Mas sabem sentar e conversar. Resolver as coisas, sem gritar, sem jogar problemas pessoais por cima da mesa como criancinhas mimadas que não tem mais argumentos pra se defender... e atacam pontos fracos. E pontos realmente fracos - e vitais. Sabe pedir desculpas, sinceras, porque foram grossos com elas. De vez em quando, por motivos idiotas, acabam se 'esquecendo' delas, mas assumem estar errados, pedem desculpas. E não ficam se sentindo como cachorrinhos na coleira e nem fazendo questão de cuspir isso, simplesmente fazem, porque gostam, porque são atitudes simples. Porque nenhum amigo, nenhuma bebida, nenhuma diversão é mais importante que estar ali com elas.  E não estamos tratando aqui de nenhum começo de namoro. Eles fazem tudo ser flores por mais tempo, porque são atitudes simples, não é perfeito, mas eles tentam fazer com que seja. Só pra ver um sorriso no rosto delas.  Parabéns, minhas meninas. Vocês merecem. E quanto à mim? Não, eu não mereço isso. E incomoda, e dói. 


Mas eu esqueci, elas não são como eu.


(original de 09/01/2012.)

Esses títulos previsíveis...

Fiquei te esperando noite passada. Mas é claro que você não veio. Eu já sabia, mas ainda assim, te esperei. Quando você vai dar prioridade à coisas mais importantes, à mim? Não, eu me sinto importante pra você. Eu nem me sinto mais importante. Deveria estar acostumada.
Acho que ser desvalorizada dói mais que o próprio desprezo. E eu sinto falta daquele que ligava pras minhas opiniões, que se esforçava só pra ver feliz. Agora, me sinto desvalorizada. Por isso, acabo forçando o desprezo. Não há mais conversas que cure. À essa altura, nada vai mudar. As coisas simplesmente se mostraram como são. Nós nos mostramos como nós somos. Você, aquele cabeça-dura, que não muda pra agradar ninguém e está satisfeito como você está, em todos os sentidos. Eu, a cabeça-dura inconstante que não sai do lugar e não suporta ficar sozinha. Mas algo me prende aqui, não me deixa ir. Dou o gelo, mas não largo mão, de vez. Talvez seja o egoísmo. Talvez seja mesmo amor, MEU jeito de amar.  Meu jeito errado de amar. Mas olha, eu odeio fazer as coisas em vão. Como sempre, o velho tempo me dirá se estou perdendo tempo... ou ganhando.


(escrito em 11/01/2012).