quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Restless Heart Syndrome.

'Não tente me consertar, eu não estou quebrada. Olá, eu continuo aqui! Tudo o que sobrou de ontem.'
Pensamentos flutuantes. Brainstorm. 
Por dentro, dói. Esse vazio, essa instablididade. Estou bem, mas começo a perceber um vazio subindo, uma vontade de chorar, de se isolar, embora  não queria ficar sozinha. Parece que esse vazio quer dizer: 'Olha, eu estou aqui! Não vou embora.' Estou bem, porém atordoada.
 Magoar e controlar as pessoas que amo. Principalmente àquele que mais convive comigo, e irei chamar aqui de 'meu cuidador.' Agora mesmo, estou pensando em uma forma de dizer a ele coisas que estão me incomodando, mas sei que vou acabar dizendo coisas que vão magoá-lo, vou jogar coisas na cara, me irritar, perder o controle, e aos olhos dele e dos outros, controlar e manipular. Não quero mais. Não quero mais ouvir de meu cuidador que eu quero e exijo toda atenção do mundo, mesmo sabendo ser verdade. Ouvir que eu controlo o tempo todo até quando estou longe, que eu preferia que ele não fizesse nada e só me desse atenção. É verdade, eu sei. Mas é muito difícil assumir. Não quero ê-lo hoje, nem falar com ele. Sei que vou ultrapassar os limites. Sempre acho que estou sendo enganada. Não quero mais isso.
Antes eu estava comendo mais do que o normal. Agora, estou controlando as calorias. Vejo que passei de 1.200 ou 2.000 e acabo comendo muito de novo. Estou com 44.2kg mas me vejo grande e me sinto pesada.

Me sinto ignorada o tempo todo, meus maigos estão se afastando, ou aceitando o meu afastamento. Não quero ser vista como louca. Como a estressadinha, que se irrita fácil. De tentar acabar com um pedacinho meu toda noite, nem que seja me mastigando com pensamentos. Toda essa pressão, porque eu sou uma nada. 
Odeio esse sentimento de ser inferior. E a vida me dando certeza disso. As pessoas sempre são mais e conseguem mais do que eu. Eu não tenho um futuro. Não consigo ver nada melhor do que eu tenho hoje. Nunca estou satisfeita com nada e acabao por fazer o que as outras pessoas já costumam fazer: me comparar aos outros. Mas acabo enxergando só a verdade: eu realmente não sou nada, não tenho nada, e realmente, qualquer pessoa é melhor que eu. Mais digna de orgulho. Ciúmes, inevja, chame do que quiser, eu não ligo. Se ao menos e pudesse controlar...
Não consigo evitar mais isso. Eu não quero acabar ficando sozinha.

((continua))

2 comentários:

  1. Calma querida, sei do que dizes, a instabilidade emocional e de confiança que possuo ondulam de forma a maltratar o meu companheiro, também me mastigo aos poucos.
    Mas nos vamos conseguir nos controlar um dia, assim eu espero e é a única coisa que me deixa viva.
    Somos muito mais do que gostariamos de ser.

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  2. Era o amor insitindo acima de tudo.
    Não importa quem eu era e onde minha mente, onde minha vida me levaria.

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